domingo, 17 de agosto de 2025
Autonomia em SUP no rio Mondego (Penacova-Figueira da Foz ...70km)
No ínicio de Agosto, quatro amigos decidiram descer o rio Mondego em pranchas de SUP.
Começámos em Penacova e durante 3 dias percorremos os 70km que distam Penacova de Figueira da Foz.
1ªetapa Penacova - Coimbra
Depois de viajarmos em carros separados até Coimbra, combinámos ponto de encontro junto à estação de Coimbra B. Deixámos aqui uma viatura e fomos até ao local de partida na outra viatura.
Já passava das 12h00 quando chegámos ao local de partida, perto da aldeia de Louredo, que foi escolhido pela maior facilidade em aceder ao rio.
Depois de almoçar, entrámos no rio no momento em que várias dezenas de canoístas também estvama a descer o Mondego.
A primeira animação aconteceu logo nos primeiros quilómetros, quando tivémos que ultrapassar o açude de Louredo, cuja rampa lateral facilita a passagem das embarcações.
Continuámos tranquilamente, com ajuda da corrente e sempre envolvidos pelas íngremes e verdejantes encostas.
Fizémos uma paragem na praia fluvial de Palheiros, para comer um gelado e descansar um pouco na esplanada do café.
Continuámos a ter a ajuda da corrente até às pontes da Portela. A partir daqui o rio torna-se mais largo e a corrente mais fraca.
À entrada de Coimbra, junto à praia fluvial de Rebolim, apanhámos uns baixios e sentimos as quilhas a roçar na areia.
Mais abaixo fizémos uma paragem para lanchar no Parque do Choupalinho, de onde se tem uma excelente vista para a torre da Universidade de Coimbra.
Retomámos a viagem, passando por debaixo da ponte de Santa Clara e logo a seguir, antes do açude do Choupal, tivémos que sair do rio pela margem direita. O nosso plano era levar as SUPs à mão cerca de 200m e rentrar no rio na Mata do Choupal na margem direita.
Porém, devido à prevenção de incêndios, a mata do Choupal estava totalmente fechada ao público. Ainda tentámos a margem esquerda, mas o acesso estava muito sujo e era muito mal frequentado por drogados.
Como já passava das 19h00, decidimos terminar a etapa e os condutores foram buscar o carro que tinha ficado em Penacova. Faltava arranjar um local para dormir, quando nos lembrámos que havia um Parque de Campismo em Coimbra.
2ª etapa Coimbra - Verride
No segundo dia, depois de levantarmos acampamento e tomar o pequeno almoço, fomos procurar um bom local para reentrar no rio, próximo duma estação CP onde deixar as viaturas e ser fácil resgatá-las de comboio.
Acabámos por entrar no rio próximo da povoação de Bencanta.
Este troço foi o mais difícil, pois durante cerca de 15km tivémos que ultrapassar vários açudes semi-destruídos, tendo que sair das pranchas e caminhamdo com muito cuidado por cima de zonas pedregosas.
O último açude, junto à comporta do CAR de canoagem e da ponte que liga Alfarelos a Montemor o Velho., foi o mais fácil de ultrapassar.
Como ainda era cedo decidimos continuar.
Inicialmente pensámos pernoitar próximo da estação de Montemor, para aproveitar o fim da tarde para ir buscar os carros e ir deixá-los à Figueira. Só que as margens eram muito cerradas de vegetação, sem locais bons para pernoitar. Ou então eram pastagens de vacas, ou com pisos tortos e inclinados.
Decidimos continuar até Verride, mas estávamos a andar muito devagar pois maré estava a encher.
Perto de Verride também não encontrámos nenhum local bom para acampar e fomos continuando, até que que com o sol já escondido encontrámos uma local plano e de fácil de sair do rio.
Havia algumas melgas, mas nada de especial. O problema foi que com o anoitecer cada vez eram mais as melgas. E mesmo o repelente não evitava estarmos rodeados por centenas de melgas.
Jantámos num ápice e saltámos para dentro das tendas para evitar sermos devorados pelas melgas.
Não foi uma noite fácil, pelo barulho das melgas à volta das tendas, porque o chão não era muito liso e porque a tenda militar que tínha levado não permitia grandes movimentos!
3ª etapa Verride - Figueira da Foz
O 3º dia acordou fresco e com muitas núvens. Felizmente o vento estva calmo e a maré estava a baixar o que nos foi favorável. Mais à frente começámos a avistar ao longe a imponente ponte Edgar Cardoso, mas demorámos quase dias horas a chegar lá.
Quando nos aproximámos da Zona Portuária, percebemos que havia algum movimento de embarcações grandes, puxados por rebocadores. Por precaução, navegámos encostados à margem esquerda até ultrapassar a Zona Portuária. Entretanto vimos na margem direita um bom local para terminar a etapa e sair do rio. Qunado estávamos a atravessar o rio fomos abordados pela Polícia Marítima, que não podíamos estar ali pois estava uma embarcação a sair do porto. Explicámos qie iríamos parar e sauir rapidamente e não houve mais stress.
Retirámos todo o equipamento do rio, mudámos de roupa e os condutores foram apanhar o comboio para ir buscar as viaturas que tínham ficado numa estação perto de Coimbra.
Conclusão:
Adorei!
Foi mais um desafio superado, em excelente companhia.
Foi a minha primeira expedição em prancha de SUP. Como levei também uma dupla pagaia, pude fazer alternar e fazer algumas partes sentado num pequemo banco de esferovite.
Obrigado aos meus amigos Carlos Silvério, João Freitas e Bernardo pelo exclente clima de companheirismo e boa disposição.
Termino partilhando um peaqueno post do Carlos Silvério que sintetiza toda esta experiência duma forma poética.
"4 amigos.
1 rio.
Pranchas na água.
De Penacova à Figueira da Foz.
Sem planos rígidos, só a liberdade de viver cada momento.
Onde a adaptação é regra, e cada um vira chef na cozinha improvisada.
Onde não houve relógio, mas as melgas apressaram a ida para a “cama”.
Onde a natureza e a boa vibe dos amigos se tornam a melhor terapia.
Foi aventura, foi risada, foi desafio… e foi alma lavada no Mondego."
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